Ele lembra… de tudo. Flashes de memória. Confusão. Insights. Ruídos. O chicote de câmera sugere aflição. A montagem picada o mergulha nas trevas. Em um lugar qualquer. Para uma luta qualquer. A música tonitruante denuncia o jogo de gato e rato. Em Atenas, na Islândia, em Berlim ou em Vegas. Não importa. Um filme de ação que nos mergulha na paranoia da vigilância digital. Nesses segredos sórdidos de espionagem e privacidade. Nos hackings e malwares. Nesse mundo donde tudo é possível, incluindo rastrear, deletar, se vingar.
Seu nome é JASON BOURNE, outrora foi um Webb, seu pai se perdeu, ele próprio se perdeu nessa teia conspiratória que rendeu outros três filmes, a identidade, a supremacia, o ultimato, mas nesse, especificamente, tudo termina ou começa novamente: Cada personagem que resta encontra seu caminho. A paz ou não. A música dita a urgência. A mixagem de som amplia os instintos. Os personagens caçam violentamente para encobrir segredos, descobrir segredos. Tudo está por um fio. A respiração. Nossa respiração. A projeção avança e com ela cada armadilha delicadamente montada nesse tabuleiro, centenas de locações, portas, chaves, passaportes, celulares, alarmes, câmeras, alguns tiros, perseguições e correria.
Seria um filme, parece um game: De “Assassins Creed”, a tática de se esconder na multidão, no pânico, no parkour. De “Grand Theft Auto”, a velocidade insana, a adrenalina de pisar fundo e dirigir pela cidade inconsequentemente. De “Needs for Speed”, a perseguição policial caótica, quase ingênua, donde cada viatura, homem ou soldado são meras marionetes para um espetáculo pirotécnico. Por fim, de “Watching Dogs”, o arsenal de possibilidades em cibersegurança, a capacidade de invadir sistemas, celulares, câmeras, localizar e destruir, criar ou desaparecer. Tudo muito simples. Rápido. Extremamente conveniente. Um filme extremamente serio no que se propõe: Ação, explosões, testosterona. Falta cérebro.
RATING: 63/100
TRAILER