Aos 69, Cannes contempla o horizonte

Está tudo ali: Os degraus, o mar, o horizonte dourado, senão a ascensão de um homem em direção ao sonho, no calor de uma luz mediterrânica que se transforma em ouro. Uma visão que relembra a citação que abre O DESPREZO (1963): “O cinema substitui a nosso ver um mundo que se concede aos nossos desejos”.

É, portanto, Michel Piccoli quem, a partir do telhado da lendária casa desenhada pelo escritor Curzio Malaparte, abrirá, em 2016, a subida dos degraus do 69º Festival de Cannes. Uma escolha simbólica por este filme que versa sobre a filmagem de um filme, considerado por muitos um dos mais belos jamais realizados em cinemascope e isso inclui a dupla Piccoli/Bardot ao lado de Fritz Lang, a fotografia de Raoul Coutard, a música de Georges Delerue. Um dos marcos do cinema e da cinefilia.

Na véspera dos seus 70 anos, ao escolher apresentar-se sob o emblema deste filme ao mesmo tempo palimpsesto e manifesto, o Festival renova o seu compromisso fundador: Homenagear os criadores, celebrar a história do cinema e acolher novas formas de ver o mundo. À própria imagem da subida dos degraus em forma de ascensão para o horizonte infinito de um tela de projeção (como se vê, anualmente, pelas escadarias do Palais, nas vinhetas que ilustram cada sessão).

Hervé Chigioni e o seu designer gráfico Gilles Frappier conceberam este cartaz do 69º Festival de Cannes. A identidade visual de 2016 foi criada por Philippe Savoir (Filifox).

CANNES 2016 - POSTER RETRATO

(*) Pela Assessoria de Imprensa do Festival de Cannes

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FESTIVAIS

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