O Júri da Mostra competitiva de Cannes 2012 declarou as suas intenções detalhadamente numa Coletiva de Imprensa a poucas horas da Cerimônia de Abertura. Eis os melhores trechos:
Nanni Moretti:
“Vamos nos reunir a cada dois dias para discutir os quatro filmes apresentados na véspera. Vamos ver vinte e dois filmes e, com as nossas diferenças de sensibilidade, inegavelmente haverá confronto. O meu papel será o de chefe de classe. O importante, é ver todos os filmes com a mesma intenção e o mesmo respeito”.
Diane Kruger:
“É uma grande honra pertencer a esse júri, mas me sinto intimidada porque admiro muito as pessoas que o compõem. A minha carreira estreou em Cannes. É por isso que sinto um apego especial por esse Festival. O nosso papel será de apreciar essa Seleção”.
Ewan McGregor:
“Para os profissionais do Cinema, o Festival de Cannes é uma plataforma maravilhosa onde os filmes podem ser, mais rapido que em qualquer outro lugar, expostos publicamente. Também é um lugar privilegiado onde se descobre novos talentos. Sinto-me à vontade no meu papel de jurado. Não tenho a impressão de deter qualquer poder que me permita vingar de quem quer que seja”.
Alexander Payne:
“Penso que os prêmios têm a sua utilidade e creio que devem ser vistos como algo divertido. Para um cineasta, fazer parte da Seleção é o que deve contar mais”.
Andrea Arnold:
“Vou ver os filmes da maneira mais aberta possível. Será como entrar em uma casa com as janelas e portas abertas. Não gostaria que um dos meus filmes fosse selecionado para Cannes, unicamente porque sou mulher. Se existem poucas cineastas em competição é porque poucas mulheres fazem filmes. Uma pena”.
Jean-Paul Gaultier:
“Sinto-me como um espectador normal. Desejo ser surpreendido, me comover. Exerço a minha profissão graças ao Cinema. Foi um filme de Jean Becker que me levou a entrar na Alta Costura. Na minha infância fui embalado por filmes franceses, alemães, por Fassbinder e Antonioni. O THE ROCKY HORROR PICTURE SHOW é um dos meus filmes de cabeceira”.
Hiam Abbas:
“Quando se trabalha no Cinema, conhecemos tão bem os seus detalhes que raramente conseguimos nos entregar a um filme. É o que vou tentar fazer aqui. Face a estes monstros do cinema mundial, sinto-me muito pequenina. É uma grande responsabilidade”.
Raoul Peck:
“Desejamos ser seduzidos, viver uma experiência pessoal e, para tal, teremos que pôr de lado os nossos gostos cinematográficos habituais. São os filmes que se distinguirão”.
Pela Assessoria de Imprensa de Cannes