O cinema latino que causou sensação nas grandes vitrines internacionais, como os Festivais de Berlim, Veneza, Sundance, Roterdã e Locarno, fazem agora a festa em São Paulo: É a quinta edição do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo.
Um evento recheado de filmes assinados pelos grandes nomes do cinema latino-americano, como Fernando Meirelles, Juan José Campanella, Walter Salles, Fabián Bielinsky, Lucrecia Martel, Alfonso Cuarón, Pablo Trapero, Andrés Wood e Adrián Biniez; além de obras inéditas do uruguaio Pablo Stoll e dos argentinos Daniel Burman e Marcelo Piñeyro.
Presente em São Paulo para proferir uma aula magna e acompanhar a exibição de seis de seus longas-metragens, Marcelo Piñeyro é homenageado, ao lado do brasileiro João Batista de Andrade. Piñeyro mostra o inédito AS VIÚVAS DAS QUINTAS-FEIRAS (2009), ao lado dos elogiados CINZAS NO PARAÍSO (1997), PLATA QUEMADA (2000), KAMCHATKA (2002) e O QUE VOCÊ FARIA? (2005), além do pouco visto MÚSICA FEROZ (1993).
A Mostra Contemporâneos reúne a nova safra da cinematografia latino-americana, destacando a primeira exibição no Brasil de DOIS IRMÃOS (Daniel Burman, Argentina), HIROSHIMA (Pablo Stoll, Uruguai), MEMÓRIAS DO DESENVOLVIMENTO (Miguel Coyula, Cuba/EUA), ZONA SUL (Juan Carlos Valdivia, Bolívia), IMPULSO (Mateo Herrera, Equador), MENTE (Rafi Mercado, Porto Rico), PARAÍSO (Hector Galvez, Peru), NOTURNO DE BACHELARD (José Eduardo Alcázar, Paraguai), QUEBRA-CABEÇAS (Natalia Smirnoff, Argentina) e JUNTOS (Nicolás Pereda, México).
Outros destaques inéditos são o filme de terror experimental uruguaio A CASA MUDA (de Gustavo Hernandez), captado com câmera fotográfica digital, e a surpreendente produção da Costa Rica ÁGUA FRIA DO MAR, de Paz Fábrega, programado para a sessão de abertura do Festival. Completam a lista dos selecionados da Mostra Contemporâneos longas do veterano Miguel Littin (DAWSON, ISLA 10) e do estreante Cristián Jiménez (ILUSÕES ÓTICAS), ambos chilenos, e do mexicano Pedro González-Rubio (AO MAR).
A representação brasileira da seção inclui A FUGA DA MULHER GORILA (Felipe Bragança e Marina Meliande), ESTRADA PARA YTHACA (Guto Parente, Luiz Pretti, Pedro Diógenes e Ricardo Pretti), CARMO (Murilo Pasta), A GUERRA DOS VIZINHOS (Rubens Xavier), A FALTA QUE ME FAZ (Marília Rocha), NATIMORTO (Paulo Machline), LEITE E FERRO (Cláudia Priscilla) e ELDORADO (Paula Goldman).
A profícua carreira do brasileiro João Batista de Andrade reúne desde o curta-metragem LIBERDADE DE IMPRENSA (1966) até o recente longa TRAVESSIA (2009), passando por sucessos como DORAMUNDO (1977), O HOMEM QUE VIROU SUCO (1979), A PRÓXIMA VÍTIMA (1983), O PAÍS DOS TENENTES (1986) e VLADO – 30 ANOS DEPOIS (2005). Homenageado desta edição – ao lado de Marcelo Piñeyro -, o cineasta merece ainda do Festival uma mesa redonda dedicada à sua filmografia e um evento de lançamento da nova edição do livro “João Batista de Andrade – Alguma Solidão e Muitas Histórias”.
A Retrospectiva Consolidação da Retomada apresenta 20 títulos pinçados entre os maiores destaques da produção latino-americano na última década, quando a qualidade do cinema contemporâneo da região tornou-se definitivamente reconhecida. Na retrospectiva estão os sucessos de bilheteria e os grandes premiados em festivais, como NOVE RAINHAS e O PÂNTANO (ambos de 2000); E SUA MÃE TAMBÉM e O FILHO DA NOIVA (2001); CIDADE DE DEUS e DO OUTRO LADO DA LEI (2002); DIÁRIOS DE MOTOCICLETA e WHISKY (2003); ABRAÇO PARTIDO e MACHUCA (2004); A AURA e CINEMA, ASPIRINAS E URUBUS (2005); O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS e A QUE DISTÂNCIA (2006); O BANHEIRO DO PAPA e XXY (2007); A BABÁ e GASOLINA (2008); GIGANTE e A TETA ASSUSTADA (2009).
Uma programação especial celebrando os 200 anos de independência da Argentina, Chile, Colômbia, México e Venezuela, uma competição de produções de escolas de cinema, mesas redondas e oficinas audiovisuais fecham a programação do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo.
Mais informações podem ser acessadas através do endereço www.memorial.sp.gov.br