O filme vencedor do Festival de Berlim 2009, que conquistou o Urso de Ouro com um retrato polêmico do trauma das mulheres violadas durante a ditadura no Peru, A TETA ASSUSTADA, da peruana Claudia Llosa foi a atração de abertura da quarta edição do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo.
O evento, que exibe 111 filmes de 17 países de 6 a 12 de julho em sete salas com entrada franca, promove a pré-estreia de QUANTO DURA O AMOR?, novo filme do brasileiro Roberto Moreira (de CONTRA TODOS) que acompanha três histórias passadas na coração da metrópole de São Paulo.
Entre os vários títulos inéditos da programação está RUDE E BREGA, selecionado para o último Sundance Festival e protagonizado por Gael García Bernal e Diego Luna. Trata-se de realização da Cha Cha Cha, empresa formada pelos diretores mexicanos Guillermo del Toro, Alfonso Cuarón e Alejandro González Iñárritu.
O diretor de RUDE E BREGA, o mexicano Carlos Cuarón, é um dos convidados confirmados do festival, assim como o colombiano Carlos Matiz, autor do média-metragem 1989, uma engenhosa narrativa lançada no último Festival de Cannes e estrelado pelo ator norte-americano Vincent Gallo. Outras diretores com presença em São Paulo são Patricio Andrade (co-diretor do equatoriano BLACK MAMA), Stefano Totoni (co-diretor de LA TABARÉ – ROCK ‘N ROLL E TUDO O MAIS, do Uruguai), e José Eduardo Alcázar (de QUERO QUE VOCÊ LEIA O PANTAGUEL, uma coprodução Paraguai/Brasil).
Entre os brasileiros estão os inéditos em circuito comercial NO MEU LUGAR (exibido este ano em Cannes), de Eduardo Valente, AMIZADE, de Sérgio Muniz, MEU MUNDO EM PERIGO, de José Eduardo Belmonte, e O FIM DA PICADA, de Christian Saghaard.
Além da mostra contemporânea, a programação do 4º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo compreende uma homenagem ao brasileiro Nelson Pereira dos Santos (que profere uma aula magna no dia 11 de julho, às 15h, no Memorial da América Latina), uma retrospectiva da cinematografia latino-americana dos anos 1990, um ciclo de filmes dedicado ao historiador e cineasta Alex Viany (com relançamento de seu livro seminal “Introdução ao Cinema Brasileiro”), uma mostra de documentários recentes sobre a música popular brasileira, a exibição dos documentários contemplados na primeira edição projeto DOCTV Ibero-América, uma competição de produções de escolas de cinema, um seminário internacional e um ciclo de debates.
O Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo tem como objetivo divulgar e discutir a singularidade estética da cinematografia recente e histórica da América Latina. É uma iniciativa do Memorial da América Latina e da Secretaria de Estado da Cultura, órgãos do Governo do Estado de São Paulo. Conta com correalização do Sesc São Paulo, Cinemateca Brasileira, Museu da Imagem e do Som, Cinusp “Paulo Emílio” e Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo.
A curadoria da programação é de André Sturm, Francisco Cesar Filho e Jurandir Müller – os dois últimos também diretores do evento. Responde pela produção a Associação do Audiovisual.
Mais informações podem ser acessadas através do endereço www.festlatinosp.com.br.