Marguerite & Julien


MARGUERITE & JULIE: Unha e carne, lenha e fogo, sal e mar. Impossível uni-los. Impossível separá-los. O melodrama dos melodramas em 50 tons de rosa, cheio de amor, daqueles que se sufoca. Que atordoa. Eis a maldição. Desse casal. Desse filme. Sim, intenso, mas extremamente inflado para amar ou odiar.

Uma historia de meninas, contada para meninas: Um romance genioso que remonta outra época, tempos de Truffaut, de JULES E JIM, dA HISTÓRIA DE ADÈLE H., e o roteiro, além desse desejo e paixão, amor e morte, resgata um drama de 1600. Um conto de heróis, donzelas e cavalos brancos na planície, daí essa hipérbole romanceada, esse estilo inflado de banca de jornal, senão um conto de fadas que coloca lado a lado, irmãos e amantes. O amor que perdura por décadas, por séculos e, além dele, o tempo estático, a poeira das fadas, o Sol irradiante. “Amor é fogo que arde sem se ver”. A ferida que dói. O oxigênio que lhes falta. Uma paixão que Deus os une, mas a Igreja os separa. Sempre e constantemente.

Um filme sobre amor. E unicamente nesse tema, ali, inconsequente, jovem, vital, mesmo instintivamente carnal. Porque assim é a natureza e é assim que Valérie Donzelli filma, cheio de efeitos, de tempos mortos, e rodopios e floreios, o exagero acariciado em cada rosto, enrubescido em cada bochecha, afagando os cabelos destes jovens inseparáveis, amantes eternos. Too much.

RATING: 63/100

TRAILER

Article Categories:
FILMES · CANNES · MOSTRA SP

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.