Até o Último Homem


Histórias de guerra… Serão contadas, lembradas, eternizadas ATÉ O ÚLTIMO HOMEM, até o final dos tempos. Toda essa bravura, esse CORAÇÃO VALENTE que pulsa, por uma causa, pelo ardor, o nacionalismo, a família, os seus. A ideia. Os ideais. O impossível. Eis o filme de Mel Gibson, filmado como outrora faziam os grandes estúdios, tudo cheio de honras e paixões.

Então, vamos à guerra, ao quartel, ao batalhão e seus homens, cada estereótipo incluso, apresentando soldado a soldado, o idiota, o índio, o estranho, o nó aos pouco sendo feito, enlaçando seu público, lhe treinando, lhe armando. Mas ao poucos lhe dotando de certa consciência (de opositor?) em cada ato de coragem (ou covardia?). Cada ato de heroísmo (ou vilania?). Isso é, afinal, a guerra, senão o argumento que o cineasta filma com o fervor da batalha e a ilusão de Hollywood.

Um pouco de romance, de discurso patriótico, o mel que nos deixa eufóricos por tal cinema e, voilà, o resto é o combate, sórdido, cruel e sanguinário em seus milhares de efeitos (sonoros e visuais): Toda a carnificina, a lama, os lamentos, enquanto as balas zunem, os japoneses urram e as bombas explodem. Tudo similar a tantas outras barbáries, nesse kamikaze mil vezes filmado no cinema, nO RESGATE DO SOLDADO RYAN, em PLATOON, nesse APOCALIPSE NOW, talvez nas CARTAS DE IWO JIMA, embora aqui seja o Monte Hacksaw, um outro capítulo na triste história da humanidade.

Desse filme, a trilha tonitruante, quase épica, pelos túneis, o submundo, as vozes, os feridos. Do inferno acima, pela corda abaixo, o resgate do soldado, de um soldado especificamente, vemos (outro) filme de gênero, o panfleto nacionalista, humanista, quase a redenção de um diretor, dez anos depois de APOCLYPTO, o que certamente não é pouco, mas também não é extraordinário.

RATING: 70/100

TRAILER

Article Categories:
FILMES · VENEZA

Comments

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.