Jovens, Loucos e Mais Rebeldes


everybody-wants-some-2016Dos primórdios de sua carreira, de anos tão JOVENS, LOUCOS E REBELDES, Richard Linklater retoma o clima oitentista e universitário, o espirito de GATINHAS E GATÕES, de CLUBE DOS CINCO e assim, CURTINDO A VIDA ADOIDADO, emulando algo de John Hughes, nos envolve em um turbilhão de álcool, drogas, festas e paqueras, nessa “sequencia espiritual” do filme Cult de 1993, mas também (e de certa forma) seguindo os passos de BOYHOOD que termina exatamente no ponto donde esse título começa, indo para a faculdade, mas voltando no tempo, em 36 anos, para outras reflexões, tão jovens, loucas e (porque não?) mais rebeldes.

E é assim, na primeira semana de aula, que vemos um calouro adentrar a faculdade e sua nova república de estudantes, as portas escancaradas, o teto por ruir, a geladeira repleta de cerveja, os companheiros indo e vindo, se apresentando e se conhecendo, a câmera alucinada por tal energia, pela expectativa. A nostalgia. A testosterona. A música em pleno volume. As festas. A competição. As baladas, a discoteca e Dancin’ Days. Uma comédia, um bromance, um “High School movie”, donde os protagonistas podem o infinito. Tantas experiências, tanto por experimentar e viver e descobrir, tudo em diversão perpetua nessa historia anárquica, nesse começo que antecede as aulas. E faltam três dias, faltam garotas, falta cerveja e, sim “Everybody Wants Some!!” “Todos querem um pouco!!” e mais e mais e mais. A curtição não tem fim…

Um filme de meninos, de beisebol e formação. Quase um documentário social que serpenteia aos trancos e barrancos, da liberdade para a responsabilidade, de “boyhood” para “adulthood”, e por esse tempo, do amanhecer ao entardecer, em busca das identidades, do “ser” masculino e seu envolvimento com o mundo, ao menos com esse grupo, senão um time. Naturalmente as brigas, os treinos, os amores e, nesse fluxo, e novamente, o fascínio pela passagem do tempo, a continuidade, a consciência, pelas gerações, pelas décadas. Uma caixa de vinis no porta-malas, uma câmera na mão, um filme sem efeitos ou consequências, apenas liberdade, movimento, isso enfatizado pelos trajes, os acessórios, os bigodes e, claro, a música!! (E, sim, com dois pontos de exclamação, como enfatiza o título).

RATING: 63/100

TRAILER

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FILMES · REVIEW

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