Capitão América: Guerra Civil

Ação e reação. Causa e consequência. Vida e morte… Em CAPITÃO AMÉRICA: GUERRA CÍVIL, a Marvel resgata um velho argumento dOS INCRÍVEIS e confronta seus vingadores com a responsabilidade de salvar o mundo, não da forma como o fizeram em Nova York, diante do exército de Loki, ou em Sokovia na “Era de Ultron”, mas, sim, em cada pequeno mundo, cada ser humano. E são essas as motivações que norteiam cada herói, de um lado o Homem de Ferro, seu mundo esfacelado logo no começo, diante de uma mãe que nada reconhece além do filho perdido; E do outro, Capitão América e seu imensurável senso de dever e justiça, seu mundo restrito ao Soldado Invernal, à amizade independente dos fatos. E ao centro de tudo, o verdadeiro mundo, a ONU, a guerra e outros desejos. Basicamente a vingança, de um filho por seu rei, de um homem por seus pais, de um soldado por sua família.

Um filme construído em quatro grandes batalhas, cada uma intercalada entre si por esse Universo Marvel, o retorno de velhos personagens, as conclusões de outros filmes, as origens de novas histórias, novos heróis, Spiderman, Pantera Negra, cada cena ali pensada como um todo, com a única finalidade de criar empatia, uma foto, um abraço, um funeral ou a Tia May, tudo é essencial, cria ritmo, gera expectativa, torna intenso cada segundo.

Compara-lo com outros filmes de super-heróis é quase injusto. Compara-lo com o recente e desesperado capítulo da franquia DC Comics, BATMAN VS. SUPERMAN, é quase uma piada, porque na tela vemos dez incríveis personagens duelarem entre si, no auge de sua força e poder, com suas devidas motivações, reais, sinceras, genuínas. E ali duelando até o fim, usando todo o cenário ao seu alcance e sem qualquer “palavra de segurança” para encerrar a brincadeira (“Martha”, por exemplo). Estão ali por seus princípios, até mesmo o Homem-Aranha e o Homem-Formiga lutando por seu espaço nesse mundo, por reconhecimento, talvez fama. E todos manipulados por Zemo. O público, incluso. Um vilão que se assemelha ao que Lex Luthor é para a Liga da Justiça. Ao que Jesse Eisenberg deveria ter sido naquele filme precipitado. Um vilão humano e, portanto, perfeitamente cruel.

Ao final, diante dos épicos letreiros que prenunciam aquela tradicional cena bônus, fica a sensação de dever cumprido. Das expectativas plenamente satisfeitas, da pipoca deliciosamente saboreada e mesmo aquele dinheiro gasto no (caro) ingresso. Sim, uma guerra que vale cada centavo, cada minuto de nosso tempo. E é essencial para o cinema, os blockbusters e, principalmente, para o que a Marvel (e a DC Comics) planeja para o (nosso) futuro.

RATING: 79/100

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