AFI TOP10 – Épicos


Vim, vi e venci
Julius Caesar

O instituto AFI define “Épico”, o gênero de filmes com grande cenário e produção focados no passado. Pelo grande desafio e demanda, são fimes que jamais envelhecem e se perpetuam por gerações. 50 épicos foram analisados por um comitê de jornalistas (entre eles, Mauricio Silva Fº, do Spoiler Movies), por sua significância histórica, impacto cultural e reconhecimento de público e crítica. Eis o resultado:

1

LAWRENCE DA ÁRABIA

David Lean
1962

Dentro dos filmes mais bonitos, mais bem fotografados, mais perfeitos, reserve sempre um lugar para as obras de David Lean. LAWRENCE DA ARÁBIA é até hoje o exemplo perfeito de como se fotografar um filme no deserto. Ninguém conseguiu fazer melhor, nem acredito que tentará. É sempre graças ao trabalho do diretor, que fotografa as dunas de maneira irretócavel, que se dá ao luxo de utilizar o calor da areia formando o que primeiro parece uma miragem e que aos poucos vai tomando forma, é a primeira aparição de Omar Sharif no filme. Grandioso sem ser grandiloquente, épico sem cair em exageros, histórico sem se tornar didático, Lawrence é uma obra-prima no gênero, de tal forma que fica díficil pensar num deserto sem imaginar na fotografia de Freddie Young e a música de Maurice Jarre.

2

BEN-HUR

William Wyler
1959

É em BEN-HUR que a qualidade artística e o bom gosto de Willian Wyder prevaleceram num drama arrebatador que transcende amplamente os limites do espetáculo. Sua sequencias grandiosas são brilhantes. E o resultado final é impressionante: São minutos excepcionais e ainda não superados, mas o que realmente nos atingem são as cenas que demonstram a sinceridade e a credibilidade dos personagens.

3

A LISTA DE SCHINDLER

Steven Spielberg
1993

A LISTA DE SCHINDLER é um filme sobre o Holocausto. E nas ruínas da pior história do século XX, Spileberg não encontrou um final feliz, mas ao menos a afirmação de que é possível resistir ao mal e até vencê-lo. O filme começa com uma lista de judeus que estão sendo confinados num gueto. Termina com uma lista dos que conseguiram se salvar. A lista é um bem absoluto. A lista é vida. Tudo à sua volta é aterrorizador…

4

E O VENTO LEVOU

Victor Fleming
1939

Sem dúvida, E O VENTO LEVOU ainda estará por aqui, por muitos anos, um estupendo exemplo da arte de Hollywood e uma cápsula do tempo da desagregação do sentimentalismo para um civilização que o vento levou, está bem – levou, mas não esqueceu…

5

SPARTACUS

Stanley Kubrick
1960

“I’m Spartacus!” Eis um dos raros épicos em que o espectador não se aborrece quando os personagens conversam. Dalton Trumbo e Stanley Kubrick reforçaram o roteiro nas relações interpessoais, relegando a espetaculosidade a um segundo plano e realizando um dos melhores épicos do cinema americano.

6

TITANIC

James Cameron
1997

Tudo relacionado a TITANIC é mesmo exagerado. A megaprodução de James Cameron procurou ser coerente com os superlativos que marcaram a breve e trágica saga do RMS Titanic -“o maior objeto móvel já construído”. Não se trata apenas de reconstruir o que a natureza destruiu, mas ir além e suplantá-la, manipulando o tempo como não lhe é possível fazer e realizar uma obra-prima que conquistou bilhões de pessoas.

7

SEM NOVIDADES NO FRONT

Lewis Milestone
1930

SEM NOVIDADES NO FRONT é um drama pacifista sobre sete estudantes que, na Primeira Guerra Mundial, se apresentam como voluntários para servir à Pátria, na gloria ou na morte, e cujas românticas ilusões são destruídas durante os quatro anos na frente de batalha. Repleto de mortes, corpos amputados, ratos nas trincheiras, fome, frio e medo, nele não se vê uma cena sequer de glorificação de combates ou de atos heróicos.

8

O RESGATE DO SOLDADO RYAN

Steven Spielberg
1998

O RESGATE DO SOLDADO RYAN é a quintessência de todos os filmes americanos convencionais de guerra. Todo o drama se baseia na dialética entre o indivíduo e a massa, a identidade humana e o anonimato coletivo. Um filme que intercala imagens fortes e originais com sentimentalismo patriótico e reacionário. E assim, quando faz do cinema sua pátria, Spielberg pode ser -e frequentemente é- um grande artista.

9

REDS

Warren Beatty
1981

O romance ”Os Dez Dias que Abalaram o Mundo” foi a fonte de inspiração para esse contundente e ambicioso drama de guerra que deu o Oscar de direção a Warren Beatty. É a história real do jornalista americano John Reed, que em 1917 viajou à Rússia na companhia da mulher Louise Bryant para cobrir a revolução dos bolcheviques. O filme traça um panorama político da Rússia e mostra aquela que foi uma das mais importantes revoluções comunistas e sobretudo da história.

10

OS DEZ MANDAMENTOS

Cecil B. DeMille
1956

Em 1923, Cecil B. DeMille espantou os espectadores com o clássico do cinema mudo OS DEZ MANDAMENTOS. Trinta e três anos depois, em 1956, DeMille refez este épico como uma das maiores realizações de todos os tempos. Com um elenco de grandes estrelas, paisagens maravilhosas e revolucionário formato Vista Vision, a versão dOS DEZ MANDAMENTOS de 1956 foi um dos maiores espetáculos já apresentado no cinema e um aclamado triunfo da legendária carreira do famoso produtor.

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